domingo, 27 de julho de 2008

Organizar

A cada 48 horas, três pessoas são assassinadas pelas polícias Civil e Militar no Brasil. Um total de 46 mortes por mês. Ou 560 anualmente, de acordo com levantamento feito pelo Ministério da Saúde a pedido do Correio. O terror do extermínio comandado pelos homens fardados, entretanto, é muito maior. Isso porque os números oficiais sofrem de um mal freqüente no setor da segurança pública: a subnotificação. “É impossível identificar a totalidade dos casos, nem todos os estados informam, as metodologias de notificação variam”, explica Cristina Neme, pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência, ligado à Universidade de São Paulo. (correiobraziliense - 27/07/08)
Isso não é nada mais que o reflexo de décadas de governantes incompetentes, pois não estão verdadeiramente preocupados com a segurança dos brasileiros. Não devo criticar a corporação policial, pois, apesar do alto índice de crimes praticados por policiais, esses falsos policiais são a menor parte da corporação.
Por outro lado não há como separar a imagem da corporação, com tais fatos, é preciso que os bons policiais respondam imediatamente à sociedade, provando que apesar do governo não preparar adequadamente e amparar a classe, são pessoas de bem.
Ao governo, deve sim, envergonhar-se dos dados apresentados, pois com a falta de estrutura, salários, programas e projetos, o resultado não poderia ser outro.
Para as famílias das vítimas fica um sentimento de abandono, impotência e sofrimento. O governo deve agir, mas não com demagogia e atropelando tudo e todos. Deve haver uma reestruturação sólida e contínua, e isso deve começar por cima e não penalizar os "soldados", que ficam entre a cruz e a espada, estes são os únicos que merecem respeito.

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