segunda-feira, 14 de novembro de 2011

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FIM




Impossível determinar sobre quais métodos ou aspectos para concluir quem vence ou perde a vida, ou seja, o produto de uma equação inimaginável. Podemos crer que a fé seja o destino de todos e o amor o caminho para tal finalidade, mas quando é indeterminada a razão do caminho não permitir tua travessia, mesmo que persevere com tropeços e tudo mais de mundano eminente em qualquer ser humano.

Nesta data mais que especial pude visualizar quão próximo está o caminho, mas impossível, ao mesmo tempo, de percorrê-lo. Portanto é inevitável que venha à mente palavras consagrada pelo Onipresente que nada é impossível para aquele que verdadeiramente crê, percebo que a vida é bela e satisfatória a todos nós, mas que não pude sequer torna-la em bondade e carinho, somente erros e omissões, covardia pura e simples e foram estes malefícios que inconscientemente transmiti a quem prometi felicidade.



quarta-feira, 9 de novembro de 2011

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Posso tentar entender todos os acontecimentos que cercam minha vida, mas impossível compreender tamanho dano causado por meus erros, quão difícil aceitar as consequências acarretadas. Buscar a felicidade é relativamente simples, ora, se reunir tudo aquilo que satisfaz minhas necessidades seria óbvio que minha felicidade estaria alcançada. Ao que me surgiu à dúvida de que cada vez mais era necessário realizar mais desejos para que houvesse satisfação, como algo viciante é a sensação de bem estar e exige sempre algo além do que se considerava suficiente.
Aparentemente não há solução para todos os problemas, certamente, mas não nada mudará com a inércia. Há poucos dias, realizei a ato simbólico de extinguir o amor existente em mim, algo que jamais poderia e disso tenho certeza, ser arrancado de meu coração por qualquer motivo, mas como quase tudo  há exceções, apenas EU poderia encerrar tal sentimento, pois bem, considerei tudo que acontecera por certa brevidade e resolvi, mas como fazê-lo é a questão.
Não sei por qual razão temos tendência em criar nomes, símbolos ou gestos que representem esse amor, mas vi neste, a única forma de extrair de meu coração esse infinito vazio, capaz de tudo, menos de enxergar o necessário, amar cegamente não significa ser suficiente para manter um bom relacionamento. Após, decepcionado, fazer tal ato simbólico, entendi que estes nomes, símbolos e gestos são apenas a ponta do iceberg, por fim aceitei que este era o segundo passo para se encerrar minha intenção, estando quase tudo preparado par o inevitável.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Apesar

Serenidade, tempo, fé, amor e amizade são algumas das principais pontes para evitar que se adentre ao vale escuro e fétido da solidão. Pode-se dizer que usei meu tempo sendo sereno, pois havia fé em demasia no amor tão desejado, enquanto este não se revelava, agraciado permaneci. Quão complicado é escolher o caminho da luz, apesar de haver a nítida diferença entre escuridão e claridade, mesmo tendo do que era certo. Quando o amor se revelou senti plenitude, mas a ânsia em aproveitar tão belo amor, deixei de ser sereno por brevidade, mas logo a retomei, assim como reorganização do tempo, novos laços de amizade se configuram e principalmente há petrificação de fé neste estado de amor.

O amor para alguns, não é infinito, e sim, há prazos. Revelasse, então, aos olhos que a serenidade lhe fez falta, o tempo lhe cobrará cada segundo perdido, a fé lhe taxará por escolhas corretas, pois para as escolhas não há tempo e a amizade lhe fustiga paulatinamente. Continuei a caminhar, crendo que estava suficiente, mas ledo engano.

Deixei-me consumir por erros que se revelaram de forma desproporcional ao consenso do que se pode suportar. Dado o primeiro sopro frio e assustador, indicando tal proximidade do vale escuro, desisti de entender que força atrativa me levou a permanecer estático preso em rota de colisão ao obscuro. A cada puro e singelo pensamento em reagir contra este aprisionamento havia um contraponto real, chega-se então ao infinito saber que não há modo de sair deste vórtice devastador.

Mesmo sem direção, nem mesmo ideia para aonde ir ou por onde começar, em silêncio, não há motivos, razões ou objetivos que o levem há lugar algum, pois qualquer lugar significa solidão, pois a solidão está em mim, pode ser considerado também como indecisão ou covardia, mas o recomeço é solitário assim como o fim e o meio, entretanto deixei de valorar a opinião alheia.

O amor não me escolheu com a mesma plenitude que o escolhi, sinto que este tenha sido o ponto decisivo para o fim que devo também escolher, mesmo que imposto, e sim, por meus erros. Acredito que sempre há escolhas, compreender tais atos as tornam, talvez, aos olhos alheio inexplicáveis, mas neste momento isto é irrelevante como o próprio ato de respirar.

Explicar o quão fácil é sair deste abismo, ao mesmo tempo incurável, basta apenas ser perdoado e perdoar, mas o ego é megalomaníaco e não permite regresso, incoerentemente estas decisões, que arraiguei como ponto de honra, aparentemente uma opção inata ao homem, esta dita honra nos permite cometer as maiores atrocidades inimagináveis e embasados em medo, cremos cegamento estarmos agindo com correcção, imbuído de angústia me forcei a impelir ao outro aquilo que me infringe.

Acreditei que tudo é parte deste grande circo da vida, altos e baixos, prazer e dor, fé e dúvida, tão errado em crer que esta é razão de vida, pois não há mar de rosas, existe um mar de gente, cada um com sua peculiaridade, mas o que trona isto tão belo e prazeroso é o fato de pesar o pesares e independente do resultado lógico levar a cada um a sua rosa.

Calei em momentos indevidos, cego por uma verdade torpe dada por compreensão ou incompreensão dos fatos, a família é nossa vida e nossa vida é a família. Não adiante tentar desvencilhar-se deste que por muitas vezes é um estigma, sempre o verão como um todo e não em partes. Quando enxergamos o todo e deixamos de criticá-lo não veremos as partes e isto macula aquilo que você pode ser. Relutei em ser o que deveria ser, quis ser diferente, muitas vezes confundido com prepotência ou arrogância, mas nunca neguei meus erros, fiz escolhas, fui cobrado e não suportei.

Minha ignorância não me permitiu agir de forma a contemplar o singelo e precioso gesto de





amar e minha rosa champanhe, a primeira que enviei ao meu amor e anexada estava minha alma, não a protegi do externo e muito menos do interno, delicada não resistiu, mas adaptou-se. Juntamente com minha alma ela esvaiu-se em lágrimas e solidão. Tardiamente, peço a ti perdão.